| Política
O movimento de autopreservação presente em votações importantes no Congresso, como no caso de Aécio Neves na terça (17) - quando o senador teve seu mandato devolvido por seus pares - tem uma explicação. Na avaliação do juiz Sergio Moro, faltam pessoas capazes de encabeçar e levar à prática o discurso de combate à corrupção.
"Faltam lideranças políticas que sobressaiam com um discurso favorável a esse trabalho de investigação e especialmente com discurso reformista. Fulcrar o enfrentamento da corrupção unicamente no trabalho da polícia, do MP e da Justiça não é suficiente", avaliou. Segundo o juiz, esses crimes são difíceis de serem descobertos e, quando descobertos, são difíceis de serem provados.
Há vezes que ainda que se descubram e provem esses crimes, nem sempre encontram resposta adequada no sistema de Justiça. "O importante é que nós tivéssemos lideranças políticas preocupadas com reformas que aumentassem a eficiência do sistema de Justiça e, por outro lado, diminuíssem incentivos e oportunidades de casos de corrupção. E, sinceramente, com todo respeito, o que se vê nesse campo é uma omissão muito grande", observou o juiz.
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