terça-feira, setembro 13

Câmara cassa mandato de Eduardo Cunha

Às 23h50 desta segunda-feira o plenário da Câmara dos Deputados anunciou: o outrora todo-poderoso Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve o mandato cassado por 450 votos. Somente dez deputados votaram para poupar o peemedebista. Houve nove abstenções. O resultado põe fim a um processo que se arrastou na Casa por mais de 300 dias – e ao ambicioso projeto político do peemedebista, que chegou a almejar a Presidência da República. Cunha é acusado de embolsar propinas milionárias do petrolão, de ser correntista oculto de bancos na Suíça e de mentir aos colegas, o que configura quebra do decoro parlamentar, justamente por esse motivo, foi cassado. Ele estava afastado das funções há quatro meses por determinação do STF – que na ocasião indicou inclusive que uma eventual prisão do peemedebista não estava descartada.
Cunha vivenciou ao longo das últimas semanas as dores do abandono. . O peemedebista dedicou o fim de semana a disparar telefonemas para se defender da ação por quebra de decoro e pedir clemência. Em muitos casos, sequer conseguiu ser ouvido. Somente dois parlamentares subiram à tribuna para defendê-lo nesta segunda. Do plenário, Cunha ouviu toda sorte de provocações: foi chamado de corrupto, golpista, mentiroso, chantagista, mafioso e até de psicopata. Virava as costas para os que discursavam em prol de sua cassação.

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