As eleições do Bahia estão suspensas. O pleito, que teve início na manhã desta terça-feira, foi interrompido por uma liminar da Justiça no início desta tarde, sob a alegação de irregularidades na formação do conselho deliberativo do clube. Até a suspensão, mais de 160 dos 300 conselheiros já haviam votado.
De acordo com o representante da oposição, o conselheiro Fernando Jorge Carneiro, a liminar dissolve o conselho tricolor e veta a candidatura do atual presidente Marcelo Guimarães Filho, que tentava reeleição, sem candidato concorrente. O Bahia já informou que o departamento jurídico do clube tenta derrubar a liminar para dar continuidade à votação.
A ação foi impetrada na Justiça pelo ex-conselheiro do clube Jorge Maia, que foi retirado do conselho em uma reforma realizada há 90 dias. Segundo Carneiro, 62 conselheiros foram substituídos - 58 deles seriam ligados a Paulo Maracajá, que foi presidente do Bahia de 1979 a 1994, e chegou a ser aliado de Marcelo Guimarães, pai do atual presidente. No entanto, a ligação se desfez na última eleição tricolor.
Para reformular o conselho, o clube alegou que os membros retirados do grupo estavam inadimplentes ou faltaram três reuniões seguidas ou cinco encontros neste mandato.
- Mas Jorge Maia estava em dias com todas as suas obrigações. Entramos com essa ação somente para provar a ilegalidade do conselho. Como é que 62 suplentes foram colocados se não se sabe nem quem são os conselheiros do Bahia? - questionou, por telefone, Fernando Jorge Carneiro, opositor da atual gestão.
O interventor que administra o Bahia neste momento é o advogado Carlos Eduardo Rátis, já que o mandato de Marcelinho Guimarães termina nesta terça-feira.
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