segunda-feira, agosto 30

Comoção e nostalgia no adeus ao estádio

Um verdadeiro espetáculo, esta era impressão que se tinha ao passar pelas imediações do Estádio Octavio Mangabeira, ontem pela manhã. Pessoas de diversas idades, crianças, torcedores do Bahia e Vitória, atletas, vendedores ambulantes, lotaram o entorno do Dique do Tororó, onde era permitido assistir a implosão da Fonte Nova. Na ladeira do Pepino, em Brotas, várias casas serviram de camarote.Quem não tinha acesso às casas disputava os locais onde era possível assistir ou registrar os últimos momentos do estádio que foi palco de grandes clássicos. No momento da implosão, gritos, aplausos e uma grande comoção tomaram conta das ruas.


A força policial foi imprescindível para garantir que as pessoas não burlassem as vias que dão acesso à Fonte Nova. Isso porque todos queriam uma chance de vivenciar o momento que sem dúvida ficará na história. Como foi o caso da dona de casa, Janice Vieira, 54 anos, moradora do Engenho Velho há 30 anos, que relembrava momentos de glória do estádio. “Quando eu nasci a Fonte tinha sido recém inaugurada, lembro de meu pai indo assistir os jogos na década de 60, todo orgulhoso. Não poderia deixar de assistir, estou emocionada, afinal são quase 60 anos que vão virar pó, mas acho que o novo estádio que vai ser construído vai ser muito bom e vai trazer muitas alegrias para nós”, disse a dona de casa.

Por volta do meio dia foi liberado o acesso nos arredores do estádio, com a Fonte Nova já abaixo, algumas pessoas queriam uma recordação do local que trouxe alegria, mas para milhares de pessoas. Emocionado o aposentado Joaquim Freitas, comemorava o fato de ter conseguido uma pedra que vai guardar como relíquia da Velha Fonte. “Isso aqui é para eu deixar para os meus netos, é um pedaço do lugar onde o avô deles viveu muitas alegrias torcendo pelo time do coração o Bahia”, destacou Joaquim.
Tribuna da Bahia, por Cristiane Flores

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