Embora o assunto ainda não tenha sido debatido entre os pares, é certo que as mudanças realizadas em Brasília abrem espaço para as alterações nas despesas do Legislativo estadual.
Caso os benefícios sejam efetivados, tal fato vai acontecer em um momento de arrocho financeiro no estado, sendo uma “afronta” aos decretos de contenção de despesas estabelecidos, neste início de mandato, pelo governador Rui Costa (PT).
O presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), já admite a possibilidade de os acréscimos chegarem ao Parlamento baiano, mas afirma que eles só irão ocorrer caso o governador autorize uma suplementação no orçamento, que atualmente é de R$ 440 milhões. “Na segunda-feira eu vou fazer um levantamento de todos os custos e apresentar depois ao governador. Só vou fazer se ele passar o aumento”, disse.
O dirigente justifica o Regimento para afirmar que a Casa deve seguir as determinações tomadas na Câmara. “É lei”, restringiu. Uma lei de 2006 equipara a verba ao valor pago em Brasília.
Questionado se os aumentos dos custos não contrariam o aperto financeiro do país, ele associou a decisão ao governo federal e disse que os deputados federais “erraram em aumentar a verba”. “Já estava boa demais”, criticou.
Apesar do cenário de dificuldades, Nilo confessou que os deputados estaduais já reivindicaram reajustes na verba de gabinete que hoje é de R$ 78 mil. “Eles estão pedindo, mas só vou fazer se o governador passar”, repetiu.
Fonte: Tribuna da Bahia